sexta-feira, 10 de junho de 2011

Alef א

e Alef renasce, redescobre a vida. Aos trancos e barrancos, ele conhece (a boca de) uma pessoa fantástica, e simplesmente simples. A afinidade de Tita com ele chegam a níveis avassaladores.

Tudo agora é muito penumbra, porém.

porém.

domingo, 17 de abril de 2011

Alef א

Hoje Alef conheceu Christiane. E se desconheceu.

terça-feira, 29 de março de 2011

Alef א , a Saga!


Deleite-se com a primeira coletânea de textos dos posts "Alef א" (sem revisão). Acesse aqui: http://www.4shared.com/document/9FXzBWL-/Alef.html


Deixem comentários, por favor. Ajudará e muito na composição do livro!

Prometo que citarei nos créditos os nomes daqueles que cometarem e contribuirem intelectualmente com o projeto.

Att.

O Autor

Alef א

No cotidiano da vida, as vezes a pessoa vai se esquecendo do que aprendeu. Às vezes se esquece do que em algum momento foi importantíssimo conhecimento.. as vezes esquece até de dormir. Mas uma coisa não se deve esquecer: aquilo ou aquela(e) ser que trouxe novas concepções de ser para o ser.

Alef esses dias lembrou-se que já estava se esquecendo de um importante aprendizado, uma das maiores lições e pensamento-sintese dos ultimos anos: O(S) TEMPO(S) E O(S) MODO(S) DA APRENDIZAGEM DO CORPO. Isso é fabuloso, magnífico, nunca deve ser esquecido. Claro que, mesmo que a mente esqueça, o corpo vai continuar aprendendo por si próprio, mas quando se tem consciência disso, é lindo o processo. Fica tudo menos tenso, mais natural, mais intuituvo.

Alef, que está aprendendo a tocar novos instrumentos musicais, está sentindo na prática como é essa sensação de ter consciência do aprendizado corporal. Não há tensão nem pressa. O corpo tem seu tempo, assim como a planta, a ideia, a rentabilidade na caderneta de poupança (quando não confiscada pelos Collors da vida), etc. Aliás, o que é mais incrível, que ele foi lembrar disso justamente quando percebia seu corpo realizando coisas que outrora não realizava.

No mundo das instantâneidades, dos downloads de tudo (onde quase todos desejariam ser a Trinity do filme Matrix, onde por uma solicitação se poderia "baixar" pra 'mente' quaisquer programas e conhecimentos que se necessitasse) e dos amadurecimentos programados e acelerados (veja os frangos da granja, as frutas nas estufas, etc), o tempo para o amadurecimento natural está cada vez mais esquecido. Mas Alef agradece a cada dia a Deus pelo sol que nasce sem qualquer automatismo, para as nuvens e suas chuvas que são quase sempre imprevisíveis (por mais tecnologia se possa haver), pelos ventos, arvores, flores e frutos que nascem e caem, em seu tempo. E agradece também pelo dom de poder perceber isso tudo, e poder gravar em máquinas de escrever a poesia do rítmo da vida.



*א*

Impermanentemente

http://www.youtube.com/watch?v=bjzIgUgotjo

Aconteceu

Aconteceu
O que aconteceu
Foi melhor assim
Estava por um fio
Estava por um triz
Estava já no fim
Todo mundo via
Que acontecia
Pois aconteceu
Era o que devia
Quando um descaminho
Acha o seu desvio
Tudo se alivia
Foi melhor assim
Quando dei por mim
Já estava aqui e agora

Marisa Montt

quarta-feira, 23 de março de 2011

Alef א

Alef percebe que aceitar a morte de um ente querido não é fácil. Existe várias fases do luto. Desde da não aceitação até a revolta, a raiva, a aceitação, e de novo a não aceitação, mas agora mesclada com todos os sentimentos.

Ele procura conversar com amigos e colegas. Todos são unânimes: o jovem precisa seguir sua vida, defender a memória da moça mas amar outras pessoas, aquelas que estão vivas e entrando em contato com ele todos os dias. Ele deve buscar se encontrar com todos aqueles e aquelas que há muito tempo ele não encontra. Deve conhecer novas pessoas, revisitar as antigas, os antigos sentimentos ressignificando o que for possível. Deve se auto-conhecer, encontrar o motivo e o destino dele aqui neste mundo, antes que também se vá.

Ele pensa nisso tudo, e vai tocar violão, compor músicas...



*א*

domingo, 20 de março de 2011

Resposta: Partículas do Altar ;)

Meu bem, frágil o teu coração não é
Em meu altar, só ponho algo com fé
Que me traga a presença da Luz

Eu sei, tu não sentias nem minha presença
O breu que dizes é apenas crença
A tristeza em tua vida é normal

Eu acho, que não sou eu que preciso mudar
Teu coração está onde deve estar
Em teu peito, onde me deito

Eu fiz, o que melhor me pareceu
Eu entreguei minha vida ao Além
Recebendo a resposta, que chamo de Amor..
Eu entreguei minha vida a Deus
Recebendo a resposta, que chamo de Amor..

Resposta a "Altar Particular"

Missão

Tom: F#m

Uma história aconteceu
Dessas que gostamos de escutar
Foi num sábado a noite
Em uma noite qualquer

Saí p'ra ver um filme no Belas
Assistir o movimento das ruas
P'ra sentir o ar da metrópole
E falar um pouco com D'us

A encontrei sentada num Café-bar
Estilo Bardot, em um dia calmo
Lendo um livro, talvez de Maomé
E eu com o meu livro de Salmo

Cheguei a ela e falei sobre os Céus
Ela ouviu, e tomou seu café
E eu falei, falei, falei...
E ela dormiu...

Saí então daquela mesa de café
Meu livro esqueci bem no canto
Só percebi quando dobrava a esquina
Ela acordou e começou a folheá-lo

A encontrei sentada num Café
Estilo Bardot, em um dia calmo
Lendo um livro, talvez de Maomé
E eu com o meu livro de Salmo


Por que (o fim de quase tudo)

Tom: Am

Am7 Bm7/5b F7+ G#º

O fim de quase tudo daquilo que se chama Amor
É quase o fim de tudo aquilo que queremos
O fim de tudo quase aquilo que se chama dor
É quase tudo aquilo que não queremos

Por quê?
Porque...
Por que...

O quase fim de tudo daquilo que não podemos
É o fim de quase tudo aquilo que não vemos
O quase fim daquilo tudo que não fazemos
É o quase fim de tudo aquilo que cremos

Por quê?
Porque...
Por que...




AGuDE

Tom: A

Duas músicas no domingo
Céu azul claro

Eu achei que ia chover
e fazer a terceira música

Mas isso não será possível
eu tenho que estudar

... (vocalize)...

Olho para a beleza da criação
e pra ciência que tenta explicar tudo em vão

Olho pra vaidade da vida
e para a Verdade vivida

Escuto o Caio no rádio
e o Fabin no telefone

...(vocalize)....

(trecho radiofônico)

Quem vive de passado é museu
e de futuro é vidente

Quem vive de presente
é vendedor de loja de presente
Velhos amigos, aparece por cima do muro
E alguns deles, continuam por cima do muro...

...(vocalize)...

20-iii-011
Diogo Oliveira.

Alef א

Alef acorda mais estranho do que quando foi dormir. aquele assunto de morte estava voltando à sua rotina. Ele vai conversar com sua avó, a Vó Mina. Ela, a fazer o almoço desde às 8 da manhã, vê nos olhos daquele jovem toda angustia e aflição que um dia ela também já passara.

Vó Mina chama-o para sentar numa cadeira velha de madeira que fica ao lado da geladeira da cozinha, e começa a lhe dizer as seguintes palavras: "Quando você perde um ente querido para a morte, o objetivo é descobrir como ser feliz novamente, honrando a memória de quem morreu. Lidar com a morte fica mais fácil com o tempo. Eventualmente você chega ao ponto onde começa a se perguntar o que pode aprender com essa experiência". Alef não consegue entender todas as palavras ditas pela doce voz da Vó Mina, mas sente um conforto e uma segurança insuperáveis. Ele apenas dá um beijo em sua avó, e sai da cozinha.

Quando na sala, quase saindo de casa, ela grita lá do fundo: "porque não escreves o que sentes num diário, ou não escreves cartas para a bendita que partiu? ou pelo menos uma música...?" A música seria uma má ideia, mas as cartas... seriam meio estranho mas... - pensou Alef. Antes que pudesse pensar ou fazer alguma dessas coisas, ele viu sua bicicleta, e lembrou que ele tinha uma grande saudade de andar nela!

*א*

Alef א

Estava Alef numa noite dessas a mexer no seu telemóvel (celular) e a relembrar de certas mensagens enviadas e recebidas de amigos e parentes. Estava também a apagar algumas, pois sua caixa de mensagens já estava abarrotada. Contudo, ao ver uma mensagem de seu antigo amor, que já partiu para a celestialidade, ele se emociona e quer apenas guardar. Mas, um aperto diferente na tecla do aparelho celular, e a mensagem foi reenviada! Que sentimento estranho surgira no âmago do ser deste homem! Alef fica desorientado... sente-se estranho ao ver aquela mensagem ser enviada.

Ele desliga o telemóvel e se põe a dormir. Sonha. E no sonho, ele está sentado numa cadeira, frente à caixa de correio da casa. E percebe que chegara uma carta. Alef vai e toma a carta, abre-a e lê uma mensagem de uma empresa qualquer que dizia:

"Sr. Alef.
Se o seu cônjuge morrer, não faça qualquer alteração importante por um ano. Especialistas dizem que o primeiro ano após a morte é o mais difícil. Por você estar passando por tantas fases, você não está apto emocionalmente a tomar decisões importantes. A menos que já tenha se envolvido de perto com a morte antes, você não imagina quanto tempo pode demorar determinar os bens, mesmo para uma criança ou pessoa que não tinha nada. Estes não são tempos de divertimento. Meu melhor conselho seria viver um evento, e um dia de cada vez. Faça o que você tem de fazer, mas tente não fazer grandes alterações.

Cuide de si mesmo em primeiro lugar quando estiver de luto pela perda de um ente querido. Uma vez que você lidou com a negação e a raiva; virão a tristeza e a solidão. Alguém que passava o tempo com você não está mais lá. É normal lembrar essa pessoa e desejar que as coisas fossem diferentes. É difícil deixar ir, fazer as alterações, e seguir em frente. Imediatamente após a morte, você recebe um grande apoio de seus amigos e familiares. Mas à medida que as semanas e os meses passam você se encontra basicamente sozinho. Embora outras pessoas possam ajudar, há algumas coisas que você tem que fazer por conta própria. A principal coisa que você deve fazer é cuidar de si mesmo. Este é um momento em que é definitivamente bom colocar suas necessidades à frente dos outros."


Ele senta. Reflete. Respira fundo.
Acorda.



*א*

segunda-feira, 14 de março de 2011

Alef א

Alef, funcionário público desde sempre, acorda para mais um dia de existência. Feliz, ele começa o dia experimentando algo que ouviu num desses sonhos que mais parecem um filme francês. A voz dizia para que ele buscasse, durante a semana, olhar fixamente e pelo tempo que conseguir, no fundo dos olhos de toda mulher que cruzar-lhe o caminho. Não importa a idade (claro, acima da maioridade), cor, estética, ética, profissão, condição social ou política. O exercício era de olhar, e se deter no olhar.

A vida de funcionário público possui suas descobertas particulares. Uma delas é a percepção que só a prática proporciona: a lógica do serviço público. Quando trabalha-se na ponta do serviço, ou somos usuários, reclama-se (e com razão) do porquê das coisas serem tão burocráticas, e não serem mais ágeis. Talvez porque a própria burocracia trabalha assim, tudo tendo que fazer 3 ou mais orçamentos para licitação de uma verba que precisa passar pela aprovação de várias instâncias, e tudo documentado em 3 vias etc. Mas Alef começou a perceber que havia algo além da burocracia. Existia algo de morosidade latente do sistema público, que servia para postergar ao indefinido as demandas de hoje (e de ontem).

Alef percebeu que uma coisa que pode ser feita hoje não deve necessariamente ser feita hoje, pois se fazê-la, amanhã poderá surgir (e é claro que surgirá) outra coisa, talvez mais trabalhosa. A lógica seria algo do tipo: "Por que fazer hoje algo que se pode fazer amanhã, e depois de amanhã?" Realizar as coisas de hoje HOJE, resolver os problemas com soluções hoje, e evitar que os problemas surjam: esse não é o escopo da lógica pública. Ah, e antes que alguém atirasse a primeira pedra, quando Alef expusesse tais ideias numa roda de amigos ou colegas, esse funcionário público já foi logo tecendo uma boa argumentação: "e não vão pensando que essa morosidade é culpa de fulano ou sicrano, mas está na alma do brasileiro, infelizmente! Basta ver o que acontece quando o caboclinho passa no concurso público: encarna com unhas e dentes todas as mazelas e posturas que outrora criticara (ou pior, que ainda expõe quando vai criticar -enquanto usuário- algum atendimento de serviço público).

O jeitinho brasileiro, a lei de Gerson, a burocracia, a corrupção, a morosidade, a lei de Murphy e a lógica (do filme) "Manderlay" (de Lars Von Trier): tudo se une no dia-a-dia do serviço público brasileiro, do Oiapoque ao Chuí, de Fernando de Noronha ao Acre.

Só mais uma coisa: Alef também percebeu que existem as coisas que podem serem feitas hoje, desde que essas coisas tragam visibilidade. Mas é claro que quanto mais se pode trabalhar na superficialidade dessa coisa, melhor. Para que fazer a coisa de fato, se só a imagem da coisa já serve para publicizá-la, e assim, ganhar visibilidade?



*א*

Tsunami de corrupção

Deus criou este país tropical, belo, de praias, florestas, frutas, sem terremoto-furação-tornado-maremoto-tsunami-vulcão, sem nevascas e desertos... aí Deus viu que tudo era bom demais e, como AdãoeEva pisaram na jaca, decidiu que no Brasil teriam a corrupção e a gritante desigualdade social. Ei-lo!

domingo, 13 de março de 2011

Alef א

Alef lê seu autor mais gostoso: "Se, por uma inversão tática dos diversos mecanismos da sexualidade, quisermos opor os corpos, os prazeres, os saberes, em sua multiplicidade e sua possibilidade de resistência às captações do poder, será com relação à instância do sexo que deveremos liberar-nos. Contra o dispositivo da sexualidade, o ponto de apoio do contra-ataque não deve ser o sexo-desejo, mas os corpos e os prazeres."

Alef lembra que o ano não começa depois do carnaval, mas sim depois do recesso de carnaval.

Alef aprende nova música em francês que fala de amor.

Alef relê um antigo escrito seu que dizia que "na eternidade, não importarão quantos arranhões teu carro tem, ou o quanto a comida estava destemperada, mas o tanto de sorriso que provocastes nos outros, o quanto de vezes você repensou sua vida ao assistir o pôr-do-sol.. "

Alef deixou-se ir com a música..

*א*

Alef א

Alef começou a descobrir que uma mulher quer, pensa e sente muito mais que sua vã filosofia sobre ela. Ele começou a perceber que existe o jogo da conquista, e a Conquista da Vida ou o Viver a Conquista...

Alef começa perceber que é possível e necessário viver com arte a vida e viver a arte da vida. Que ele deve exaurir sua energia interna em suas fantasias, suas artes, seus movimentos e suas realizações. Ele deve viver como se pintasse um quadro, deve se relacionar como se aprendesse uma música, deve aprender um instrumento como se estivesse aprendendo a nadar, e deve aprender a nadar como se estivesse amando a uma linda mulher.

Ainda Alef sente que o acúmulo de beleza de sua parte a princípio seria proveitoso, com várias mulheres o desejando (claro, como objeto ou como principe encantado, mas não como ele Alef) e todos se tornando mais solícitos (ou nem tanto). Mas que, com o passar do tempo, sua vida se tornaria muito superficial, pois lidaria com certeza com muitas mulheres superficiais, e com relações e tratamentos superficiais, e se um dia viesse perder tal formosura, todas as superficialidades (est-ética empobrecida) se dissipariam como a erva da manhã ante o sol que nasce.

Alef aprende, porém, que o cultivo da arte de sua ética, e não apenas da est-ética empobrecida, cultivará amizades e relações mais profundas. Aprende que o trabalho da oratória é mais importante que o trabalho exaustivo dos músculos. Aprende que o aperfeiçoamento do ouvido musical e da habilidade nos instrumentos musicais é deveras mais importante que o aperfeiçoamento esteticista da cutis ou do cabelo. Aprende que antes de construir uma embalagem vistosa, deve-se moldar um bom conteúdo.

Alef deixa de se focar nas cervejas com embalagens vistosas e de péssimo conteúdo, e passa a olhar os vinhos, aqueles melhores e mais antigos, possuidores de pálidas embalagens mas precioso conteúdo. Ele passa a ver que os degustadores dos melhores vinhos são poucos, e quanto melhor o vinho, mais apurado deve ser o paladar, e menor será o número de pessoas possuidoras do paladar refinado.

Alef respira fundo e se felicita pela nova manhã que se aproxima, repleta de possibilidades! Como ele esperava por esse dia! Há muito ele se via refém do cotidiano, e triste relembrava dos áureos tempos onde ele respirava a liberdade a cada manhã. Agora essa manhã chegou, e mais forte!

Fim de uma era, a partida de um ente, a redescoberta da arte, a consciência de que seu corpo é multiplo e dinâmico, a compreensão de sua engrenagem de sua psicossomática, e a vontade de viajar e mudar lubrificam as correntes da reflexão e da ação, lançam-o no emocionante terreno do desafio!

Alef está aí. Quer desenhar, quer pintar, quer se inspirar, quer tocar violão-violino-pandeiro, quer cantar, quer dar aula de música, quer encenar, quer dançar contemporaneamente e cubanamente, quer viajar a buenosaires ou a montevideu, quer viajar à europa ou eua, quer fazer mestrado, quer falar e pensar e sonhar em francês e español, quer desenvolver sua poesia e seus contos, quer ler e reler, quer escrever artigos e apresentá-los, que redescobrir a pedagogia da vida e aplicá-la, quer resolver as burocracias da vida burocrática, quer levar a fé onde há dúvida e ser para D'us um instrumento de paz, quer realizar rodas de reflexões, confortar e ajudar a quem precisa, quer se banhar em cachoeiras, construir sua casa, amar familiares e fortalecer amizades, quer amar o próximo como a si mesmo, quer amar...


*א*

sábado, 12 de março de 2011

Alef א, por Rafael Zica

Me, for example


eu, por exemplo...

CRIAR UM PASSPORT DA VIDA


Vou tentar construir uma caderneta a la passport de itabira, bh, etc.. quem sabe dá certo?!

k im bra

podemos escrever tanto câimbra qto cãibra...

a primeira seria falada assim: ca...im... bra
a segunda: can.... i.... bra

sexta-feira, 11 de março de 2011

Alef א

Alef agradece a Deus por mais um dia de vida, pelas suas habilidades, suas conquistas, e a difícil vitória de terminar um texto acadêmico.

As vezes, surge a estranha vontade de escrever para alguém que já morreu. As vezes pensa em conversar com pessoas ligadas à fúnebre pessoa, mas logo ele percebe que o ocorrido fora muito recente, e sempre quando pensa ou ouve o nome da ex-amante, ele sente uma profunda tristeza e pêsames..

Deixe os mortos sepultarem seus mortos...


*א*

Alef א

Alef teve uma visão. Percebeu que noutro momento existencial neste planeta fora uma mulher. Uma mulher curiosa e que viveu bem sua vida, apesar dos pesares e das dores. Na visão, ele percebeu que o mais importante era viver a condição que lhe fora outorgada pela natureza, e contradizer a condição que lhe fora outorgada pela sociedade.

Após essa visão, ele compreendeu que deveria viver, a partir desse momento, com todo seu corpo, sua força, sua energia vital, os desafios e os prazeres de se aventurar nos labirintos da vida natural e social.

Ele começou a se sentir mais leve, e as clássicas tensões que travavam seu corpo por anos se desfizeram... ele começou a perceber que o sentimento de liberdade só acomete aqueles que vencem o medo. Ele começou a perceber que a morte, que outrora lhe marcara, também o libertara para as incertezas da modernidade líquida.. A morte o tinha trazido à vida, a morte tinha levado seu grande amor, a morte tinha feito o seu papel. Agora cabia a vida realizar o seu.

Alef respira perdido entre papeladas de trabalhos. Ele quer viajar com Thaíse, talvez Buenos Aires... ele está realmente precisando de um Tango.



*א*

quarta-feira, 9 de março de 2011

Alef א


Alef sentiu a cada dia, desde seu acordar do inconsciente, até a quarta de cinzas, o luto pela pessoa amada. O trágico acidente, a carreira brilhante, a dor da família e amigos, as fotos, as peças de roupa, as cartas...

Mas, findada a quarta de cinzas, o luto deveria terminar. A quaresma vinha e, com ela, a meta da privação de algum prazer. Principalmente daquilo que mais se gosta. Alef olha para sua vida, e decide cortar um grande prazer.

Alef reconhece ainda que ele está prestes a iniciar um processo que irá mudar sua vida para os próximos anos.. e a palavra mestra será

PERFEIÇÃO

não é a prática que leva à perfeiçao, mas as práticas perfeitas que levam à perfeição...




*א*

Alef א


No fim de ano,Alef e sua grande amada de outros tempos, sofrem um terrível acidente. Ele fica inconsciente e ela falece. Ele ainda não sabe da morte dela, até o carnaval, quando acorda. Ainda incrédulo, demora dias inteiros para realmente entender e aceitar que ela morrera. Na quarta de cinzas, ele ainda estava pensativo na sua nova e estranha vida. Ela tinha marcado muito a vida dele, e ele já havia feito o luto por ela, mas todos seus amigos dizem que "a vida continua".

No dia em que ele acordou de seu estado inconsciente, Alef teve a honra de receber a visita de uma pessoa amiga e enigma: Thaíse. De onde ela viera? Pra onde ela fora? Ele só sabe que quer viajar com ela... não para se apaixonar, não para fortalecer a amizade ou para mostrar isso ou aquilo. Ele quer apenas a sua companhia. Ele quer uma inspiração.



Ele quer voltar ao Chile, ele quer descobrir, ele quer compor, libertar o poeta musico que há dentro dele. Thaíse exarcebe esse lado. Ela pega as baquetas de bateria da mão do Alef e tira som de tudo e todos... ela vem como coringa das possibilidades... e faz isso porque gosta, simplesmente

Alef cansou de tentar algo com ela, cansou de tentar entendeê-la e a vida tb... ele tá começando a entender que deve-se viver, mas não algo do tipo "deixa a vida me levar", mas "vou levando a vida aonde Deus deixar".

Uma palavra de inspiração para Alef: perfeição.

Um vídeo: Nosso Deus é o Poderoso Deus:




*א*