terça-feira, 29 de março de 2011

Alef א

No cotidiano da vida, as vezes a pessoa vai se esquecendo do que aprendeu. Às vezes se esquece do que em algum momento foi importantíssimo conhecimento.. as vezes esquece até de dormir. Mas uma coisa não se deve esquecer: aquilo ou aquela(e) ser que trouxe novas concepções de ser para o ser.

Alef esses dias lembrou-se que já estava se esquecendo de um importante aprendizado, uma das maiores lições e pensamento-sintese dos ultimos anos: O(S) TEMPO(S) E O(S) MODO(S) DA APRENDIZAGEM DO CORPO. Isso é fabuloso, magnífico, nunca deve ser esquecido. Claro que, mesmo que a mente esqueça, o corpo vai continuar aprendendo por si próprio, mas quando se tem consciência disso, é lindo o processo. Fica tudo menos tenso, mais natural, mais intuituvo.

Alef, que está aprendendo a tocar novos instrumentos musicais, está sentindo na prática como é essa sensação de ter consciência do aprendizado corporal. Não há tensão nem pressa. O corpo tem seu tempo, assim como a planta, a ideia, a rentabilidade na caderneta de poupança (quando não confiscada pelos Collors da vida), etc. Aliás, o que é mais incrível, que ele foi lembrar disso justamente quando percebia seu corpo realizando coisas que outrora não realizava.

No mundo das instantâneidades, dos downloads de tudo (onde quase todos desejariam ser a Trinity do filme Matrix, onde por uma solicitação se poderia "baixar" pra 'mente' quaisquer programas e conhecimentos que se necessitasse) e dos amadurecimentos programados e acelerados (veja os frangos da granja, as frutas nas estufas, etc), o tempo para o amadurecimento natural está cada vez mais esquecido. Mas Alef agradece a cada dia a Deus pelo sol que nasce sem qualquer automatismo, para as nuvens e suas chuvas que são quase sempre imprevisíveis (por mais tecnologia se possa haver), pelos ventos, arvores, flores e frutos que nascem e caem, em seu tempo. E agradece também pelo dom de poder perceber isso tudo, e poder gravar em máquinas de escrever a poesia do rítmo da vida.



*א*

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